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Descubra a cidade mais verde do Brasil que é modelo mundial de sustentabilidade

  • Foto do escritor: Redação Portal Escala Humana
    Redação Portal Escala Humana
  • 10 de set.
  • 4 min de leitura

O Brasil possui atualmente mais de 5.000 municípios. Infelizmente, muitas localidades sofrem com ocorrências de desmatamento, poluição e caos urbano. Por outro lado, contrariando todos os prognósticos, a capital do Paraná, com cerca de 2 milhões de habitantes, é referência para a arquitetura. Curitiba é considerada um laboratório vivo de inovação, sustentabilidade e planejamento de longo prazo, sendo considerada a cidade mais verde do país.


Mas o que exatamente torna uma cidade “verde”? E por que, entre tantas cidades, é Curitiba que lidera esse ranking no Brasil? Confira no artigo a seguir!



O que é uma cidade verde?


Quando ouvimos falar que uma cidade é “verde”, logo nos vem à mente a imagem de uma área habitada repleta de árvores e áreas de lazer. Mas saiba que o conceito vai além disso! Tem a ver com aquele tipo de cidade que prioriza no seu crescimento a sustentabilidade em todas as esferas: desde a mobilidade urbana até a gestão de resíduos, passando pela qualidade do ar, eficiência no uso da água e preservação ambiental. Portanto, trata-se de um ecossistema completo, onde a governança preza pela qualidade de vida em um planejamento coeso e equilibrado.



A título de curiosidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mínimo recomendado de área verde por habitante é de 12 metros quadrados. E olha que interessante: Curitiba ultrapassa esse valor com folga, chegando próximo de 70 metros quadrados por habitante — esse é um dos maiores índices do país. São mais de 13 milhões de metros quadrados de áreas verdes, entre parques — como o Jardim Botânico e o Parque Barigui —, bosques, praças e reservas.



Imagem de Marcelo Harassen do Ó em Unsplash
Imagem de Marcelo Harassen do Ó em Unsplash


Por que Curitiba é a cidade mais verde do Brasil?


Como citamos anteriormente, Curitiba é uma cidade bastante arborizada. Mas para a arquitetura e urbanismo, cidades verdes se destacam geralmente por oferecer muito mais, integrando natureza, inovação e qualidade de vida. Ou seja, é uma cidade que prioriza o ser humano, o clima e o futuro.


Em 2015, o Green City Index, realizado pela Siemens e Economist Intelligence Unit, colocou a cidade de Curitiba à frente de 17 cidades avaliadas, dentre elas outras capitais brasileiras e latino-americanas. O relatório anual citou sua ampla cobertura verde, plano estratégico alinhado aos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU, sistema de transporte inovador e políticas ambientais.


Desde a década de 1960, a capital do Paraná já adota Soluções Integradas para lidar com o crescimento populacional e todos os seus desafios. Vale citar o seu sistema de transporte público inovador, o BRT (Bus Rapid Transit), inspirado em modelos internacionais — como o de Pequim — e que tornou-se modelo internacional, ajudando a reduzir emissões de CO2 e congestionamentos. Além disso, a cidade conta com programas pioneiros como o “Lixo não é lixo” e o “Câmbio Verde”, que incentivam a coleta seletiva e a troca de recicláveis por alimentos, livros ou passagens de ônibus.



Compromisso com o clima

Pouca gente sabe, mas Curitiba integra a C40 Cities, um grupo de cidades no mundo comprometidas com ações contra a crise climática. Além disso, a cidade participa ativamente do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima. Recentemente, o projeto “Família Folhas” foi relançado para mostrar a preocupação do Povo Curitibano com as questões ambientais, agora com foco também no enfrentamento às mudanças climáticas.


Além de ter sido citada no Green City Index, Curitiba também foi considerada como a mais sustentável da América Latina em uma matéria da BBC, e entre as mais inspiradoras em preservação da natureza Urbana em uma lista da revista norte-americana Wired. Podemos concluir que esse reconhecimento demonstra que essa cidade-capital vai além do discurso, colocando em prática políticas eficazes e duradouras.



 Imagem de GILBERTO JACOB em Unsplash
 Imagem de GILBERTO JACOB em Unsplash

Quais as lições de Curitiba para arquitetos e engenheiros?


É prazeroso admirar a paisagem de uma cidade tão arborizada quanto Curitiba. Acontece que essa arborização não é apenas por estética: ela reduz o efeito de ilhas de calor, melhora a drenagem, purifica o ar, protege os rios urbanos, e traz valorização imobiliária. É um pacote ‘combo’ repleto de benefícios!


Os outros municípios brasileiros não precisam invejar o sucesso de Curitiba, mas aprender com ele. É claro que isso não aconteceu da noite para o dia, é o fruto de um trabalho de muitos anos e de uma corrente de pensamento conhecida como “Escola de Urbanismo Ecológico” — citada no documento ‘Memória da Curitiba Urbana’, do Instituto de Pesquisa e planejamento Urbano (IPPUC), datado do ano de 1992. Ele defende que o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental não devem ser vistos como opostos, mas sim complementares.


Seguindo esse pensamento, os curitibanos colocaram em prática, ainda nos anos 1960, várias ideias inteligentes, como áreas exclusivas para pedestres, parques lineares para drenagem natural, entre outras soluções. Um dos marcos do seu projeto urbano é o sistema de transporte em malha radial-concentrada, que reduz o uso de carros e prioriza ônibus articulados em faixas exclusivas. Além disso, há muitas ciclovias espalhadas por diversas avenidas.


Como se tudo isso já não bastasse, Curitiba também é o lar de vários arquitetos de renome, com uma visão de futuro impressionante. Eles entendem que devem pensar em designs que contribuem para a resiliência urbana, inclusive com áreas permeáveis e infraestrutura verde, especialmente considerando a necessidade do enfrentamento das atuais crises ambientais.



O futuro verde de Curitiba 


A história de Curitiba é um caso de sucesso a ser estudado por todos os arquitetos e engenheiros do Brasil. A cidade tem um plano completo de desenvolvimento que coloca o respeito ao meio ambiente como base para o seu crescimento. Ela já possui 100% de saneamento urbano, está entre os municípios que menos emitem CO2 e tem uma plataforma digital para monitorar os ODS até 2030.


É provável que a capital paranaense continue prosperando e se reinventando pelas próximas décadas. E sabe qual o seu segredo? É que ela já descobriu que sustentabilidade não é utopia, é uma escolha!



Imagem de mar_cvmenezes em Pixabay
Imagem de mar_cvmenezes em Pixabay

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Fontes:


📸 Imagem de capa:

Imagem de Marcelo Harassen do Ó em Unsplash


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